quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Algumas razões para vocês não perder a 11° Temporada de American Idol


Depois de um ano cheio de expectativas na TV americana, 2012 começou sua fall season com menos incertezas para alguns produtores e um pouco decepcionante para outros. Com a audiência em constante queda nos anos anteriores, o American Idol começou em 2011 sua décima temporada no mínimo desfalcada. Sem o Simon, sem a Ellen, com uma forte concorrência disposta a ocupar o posto de principal atração dos Estados Unidos e o maior problema de todos, sem nenhum grande artista lançado nas últimas temporadas, o Idol precisava muito mais do que suprir as expectativas da FOX, ele precisava se mostrar melhor que os todos outros programas do segmento, pois assim como aconteceu com FRIENDS, depois de 10 anos, seria aceitável que ele saísse do ar mesmo se mantendo em primeiro lugar na audiência. E bem, ele conseguiu.
Como era de esperar, a audiência do primeiro episódio teve uma grande queda comparado aos números de 2009, mas a renovação na bancada dos jurados, a forma como os episódios eram montados, o sucesso nas rádios de Jennifer Lopez com ‘On The Floor’ e Steven Tyler com ‘It Feel So Good’ fizeram com que o público voltasse a ter interesse pelo Idol, porém o principal fator que fez de 2011 um ano chave na história do programa foi o grande sucesso que os finalistas conseguiram manter após o fim da temporada. Surpreendendo a todos, o winner single do Scotty McCreery, ‘I Love You This Big’, em pouco tempo chegou a marca das 250,00 cópias vendidas, lhe garantindo um disco de platina. Seu álbum de estréia, ‘Clear As Day’, estreou em primeiro lugar na Billboard e com isso o título de vencedor do American Idol voltou a fazer sentido, certificando alguns records também. McCreery se tornou o primeiro cantor country a conseguir ficar em primeiro lugar no Billboard 200 com seu álbum de estréia, além de ser o homem mais jovem a garantir o topo da parada com seu primeiro disco. Os donos da franquia a essa altura já podiam respirar aliviados, com tudo não foi apenas o Scotty que conseguiu bons resultados. Poucos dias após ser eliminada, Pia Toscano já era disputada a tapa por algumas gravadoras, Lauren Alaina, a runner up da edição, cumpriu bem o papel de segunda colocada e ficou a poucos números atrás do Scotty nos charts, mas vamos lá, no fim das contas o que todo mundo esperava era saber quando a Haley lançaria alguma coisa, e se depois de um ano você já estava começando a achar que essa seria uma espera em vão, se prepare. Pelo twitter, a nossa amada leoa, anunciou que o seu primeiro single será lançado dia 1° de Março, levando-nos a crer que um álbum completo já não deve estar tão longe assim.
Mas a lista dos candidatos do ano passado que se deram bem ainda não acabou; Stefano Langone, que aparentemente não iria render nada, assinou recentemente com a Hollywood Records – mesma gravadora dos principais artistas da Disney como Demi Lovato, Miley Cyrus, Selena Gomez e Joe Jonas. Já o Casey Abrams fechou contrato com a Concord Music Group, um selo pequeno, especializado em jazz, folk e tudo aquilo que se encaixa em seu repertório e pelo que tudo aponta, James Durbin também irá lançar um álbum, mas como eu nunca fui com a cara dele não estou a par dos detalhes.
Enfim, por todas essas razões concluímos que o Idol cumpriu muito bem o seu papel ano passado, mas o que dizer da concorrência? The Voice? X-Factor USA? Bem, ambos tiveram seus bons momentos, mas falharam na tentativa de bater o AI.
THE VOICE X AMERICAN IDOL
Com um formato diferente, a grande tentativa da atração da NBC era mostrar que a voz do candidato era o mais importante no jogo, querendo de alguma forma gerar uma credibilidade especial – pra isso até alguns participantes que já haviam se inscrito no Idol foram convidados a dar depoimentos de por que estavam tentando uma chance na nova casa. A principio a tentativa até deu certo, mas na reta final as estratégias eram basicamente as mesmas e pior, um vencedor cuja vitória se atribuiu ao apelo promovido pela edição do The Voice. O resultado posteriormente? Quem é Javier hoje em dia?  De que adiantou tanta prepotência se no final das contas o programa coroou um artista irrelevante e totalmente descartável?
Porém não me entendam mal, foi ótimo ver a interação entre o Blake, Christina, Adam e Cee-Lo, o problema mesmo veio por parte da publicidade que produtores tentaram vender, e no final de tudo, foi por causa do The Voice que a Dia ganhou notoriedade e lançou um álbum solo, ou seja, a temporada valeu a pena.
X-FACTOR USA X AMERICAN IDOL
Acho que não há o que falar muito sobre isso não é verdade? Atualmente nenhum programa de talent show é melhor que o X-Factor UK em minha opinião, mas sejamos sinceros, essa versão americana foi no mínimo decepcionante. Com episódios que beiravam a exaustão de tão longos, a produção pecou bastante ao focar em tantos candidatos ruins. A intenção obviamente era tentar trazer o ar cômico que funciona tão bem no Reino Unido, mas o tiro saiu pela culatra, pois nem mesmo os candidatos ditos sérios podiam ser levados realmente a sério. Se girl/boybands estão em baixa nos Estados Unidos o X-Factor conseguiu mostrar o porquê disso.
Mesmo atração tendo garantido a maior audiência que a FOX já registrou em uma estréia de série, essa certamente foi uma grande decepção para o Simon que claramente queria ocupar o lugar do Idol logo no primeiro ano. Com tudo a primeira temporada do programa não foi de todo mal, pelo menos ele serviu de mal exemplo.
AMERICAN IDOL 2012
Se o X-Factor se tornou irritante pelo grande número de candidatos descartáveis, o AI soube muito bem como cativar as pessoas no episódio de estréia da sua décima primeira edição. É claro que participantes cômicos são necessários para que o programa não caia no tédio, porém quando a maioria dos concorrentes está lá apenas por entretenimento, alguma coisa não está certa.
Talvez eu esteja tentando enxergar mais do que realmente aconteceu, mas a impressão que deu foi que o Idol fez questão de mostrar que os melhores candidatos tem uma preferencia especial por ele. O nível dos dois episódios que foram ao ar essa semana foi impressionante, mas a própria edição fez questão de explicar os motivos desse, digamos, favoritismo.
Pode parecer óbvio, mas tradição que o programa adquiriu ao longo dos anos realmente faz com que as pessoas acreditem que ele é a porta mais segura ao estrelato e, baseado na história de alguns candidatos, eu acredito que boa parte deles nem saibam o que é X-Factor ou The Voice. Pessoas como Amy Brumfield, uma das aprovadas nas audições de Savannah (Georgia), até me fazem questionar o quão longe a fama do American Idol consegue chegar – se você ainda não assistiu os capítulos dessa semana, ela é uma hippie que mora em uma barraca de acampamento no meio da floresta com seu marido, ou seja…
Ainda não foram divulgados os dados finais da audiência dessa primeira rodada, mas se levarmos em consideração todos os comentários positivos que a season premiere obteve no Twitter e na mídia, certamente a Fox deve estar satisfeita.
Como já era de se esperar, vários candidatos ganharam grande destaque da mídia um dia após a exibição de cada programa, dentre eles W.T Thompson: o rapaz sempre sonhou em cantar, sua esposa está grávida e seu chefe não queria liberá-lo para realizar a audição. A solução de Thompson? Pedir demissão e correr atrás do seu maior sonho, soltar a voz. Porém o maior destaque da noite ficou para o jovem Phillip Phillips (fofofoto).
Soando como um grande mash-up de vários concorrentes que já passaram pelo programa, a primeira coisa que você pensa ao vê-lo é ‘Scotty 2.0’, porém é só ele começar a cantar Stivie Wonder e as opiniões mudam para ‘Casey 2.0’, mas daí o Randy pede pra ele cantar outra música e ele escolhe ‘Thriller’, e quem ele passa a lembrar? Isso mesmo, Kris Allen, ou melhor, ‘Kris Allen 2.0’.
Eu posso até estar errado, mas assim como aconteceu com a Lauren e o James ano passado, algo me diz que todo esse destaque significa que os jurados levarão ele longe na competição – e caso ele dê a mesma sorte que os candidatos da décima temporada, até uma vaga na grande final já pode começar a ser cogitada.
Por hora, é isso.

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